Perfil do
AUTOR
Roy Rudnick e Michelle Weiss
Roy é administrador, Michelle é arquiteta, mas a partir de certo momento em suas vidas, quando o trabalho entre quatro paredes não lhes proporcionava mais tanta satisfação, criaram coragem e largaram a vida trivial. Decidiram procurar no mundo as suas verdadeiras paixões e realizaram duas viagens de volta ao mundo de carro. O projeto de vida do casal foi intitulado: Mundo por Terra.
Fotos
Mangistau Aéreo
Quando eu viajava a São Paulo, eu pernoitava geralmente na casa do amigo Raul Stolf, companheiro de paraquedismo de longas datas. Ele também fez uma viagem de volta ao mundo mochilando, então, assim como eu, gostava de fotografia. Numa dessas ele me mostrou um livro fotográfico chamado Eyes Over Africa, de Michael Poliza. O livro era tipo mesa, grande, capa dura, impresso em alta qualidade, com fotografias que Michael Poliza fez da África (do Egito à África do Sul) em uma perspectiva diferenciada, vista do alto, ou seja, de um helicóptero. As imagens das paisagens, animais e povos africanos ocupavam as duas paginas do livro e eram simplesmente maravilhosas. Enquanto eu folhava, lá no fundo, uma paixão se aflorava em minha mente. “Ok Roy, mas, pé no chão, como isso seria possível? Malmente vai dar conta de construir um carro para sua segunda volta ao mundo, agora quer ir de helicóptero?” De volta em São Bento do Sul, quando encontrei a Michelle, a primeira coisa que falei foi sobre o livro. Tentei descrevê-lo, mas percebi que a única forma dela ver aquela beleza seria presenteando-a com o livro no Natal. Comprei pela internet, mas para minha infelicidade, o livro, que não foi barato, chegou acompanhado de uma fatura de 100% do seu valor de imposto; livro é isento de imposto de importação em nosso país. A livraria americana não destacou na fatura que se tratava de um livro, então a Receita Federal o caracterizou como um produto tributável. Achei injusto e devolvi o pacote e solicitei o reembolso. Para a Michelle, naquele Natal, dei apenas um vale livro de presente. Passado esse evento, num domingo de manhã, quando assistíamos um programa de esportes na TV, vimos a reportagem de um brasileiro tentando quebrar o recorde de altitude em um paramotor. Nem sei se ele conseguiu, pois minha atenção foi direcionada para a aeronave que ele usava, que até então eu desconhecia. Aparentava ser leve, desmontável e fácil de decolar; precisava apenas caber em um porta-malas. O livro O Segredo fala que as coisas acontecem pela lei da atração. De tanto eu vislumbrar o tal do paramotor, o sonho passou a se desenrolar. As fotos desta galeria são a prova de que se realmente queremos algo, isso já é meio caminho andado para sua realização. Elas foram tiradas quando a Michelle e eu nos deparamos com uma natureza mais do que exuberante no cantinho sudoeste do Cazaquistão - o Mangistau -, no decorrer da nossa segunda viagem de volta ao mundo de carro.
Afeganistão
O sonho de conhecer o Afeganistão surgiu quando, em nossa primeira volta ao mundo de carro, passamos muito próximo a ele – cerca de 30 quilômetros. Aconteceu em 2008, estando nós no Paquistão. Em uma das noites em Quetta, quando acampávamos no estacionamento de um hotel, de repente, dois caças sobrevoaram nossas cabeças sentido Norte.Perguntamos o que era aquilo, ao que tivemos a resposta: “caças americanos indo bombardear o Afeganistão”. Ficamos boquiabertos! Guerras não nos fascinam, muito pelo contrário, mas temos dois corações de viajantes que quanto mais veem, mais querem ver. Aquele acontecimento nos despertou um desejo de ver de perto como era o dia a dia desse intrigante país.Queríamos ver as pessoas e, se mesmo em meio a instabilidade, haveria uma vida descente. Se as crianças estariam indo para a escola, onde e como moravam, do que viviam, dentre outras curiosidades. O tempo passou e oito anos mais tarde, quando cruzávamos a Ásia Central em nossa segunda expedição de volta ao mundo, nosso sonho se realizou. E no momento que entramos no Afeganistão, imergimos no passado. Nós primeiramente dirigimos de Ishkashim com nosso próprio carro em torno de 220 quilômetros por uma estrada precária até Sarhad, no Corredor Wakhan (nordeste do país), para então fazermos uma caminhada de 160 quilômetros ida e volta até o Lago Chaqmaqtin, onde vive uma comunidade de quirguizes que é considerada uma das mais isoladas – geograficamente e politicamente falando – desse planeta. As fotos documentam a experiência que tivemos durante o período de 16 dias nesse país.
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