Esta talvez seja uma das fotos mais conhecidas da minha volta ao mundo de bicicleta. O mais curioso que apesar de conhecida e até imitada por outras pessoas, o sentido que ela ganhou não tem nada a ver com a intenção que eu tive ao saca-la.Naquele momento eu estava no início de minha volta ao mundo, ainda no primeiro continente, América do Sul. Havia atravessado o Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e naquele momento estava na Bolívia, cruzando o Salar de Uyuni, um imenso platô coberto de uma grossa camada de sal. Na minha opinião um dos lugares mais bonitos e impressionantes do mundo. Tão impressionante que o simples fato de estar ali, dentro daquela imensidão branca, num dia frio e ensolarado, já é o suficiente para se sentir extremamente bem.Era assim que eu me sentia quando resolvi fazer esta imagem. Aproveitei que havia uma pessoa que sabia fotografar por perto e pedi para fazer a foto, algo raro em uma viagem solitária e ainda mais raro quando se está num deserto de sal. A ideia era fazer uma foto engraçada para mandar para meus amigos, algo que fosse totalmente contraditório, como relaxar deitado sobre um local perigoso. Poderia deitar no meio da pista, mas ali havia os trilhos de trem e foi ali onde eu deitei, até simulando aquelas imagens de filmes ou desenhos antigos nos quais a pessoa é amarrada sobre os trilhos.A imagem que saiu foi essa aí e eu gostei logo de cara. O curioso aconteceu quando eu publiquei essa imagem, logo de cara as pessoas associaram ela liberdade, tranquilidade e paz, que não era bem a mensagem que eu imaginava ao fazer a foto. Sempre achei curioso como alguém deitado sobe trilhos poderia passar uma imagem de tranquilidade, o trem pode passar a qualquer momento e acabar com essa paz.De qualquer forma, essa imagem ganhou vida própria e até hoje, 10 anos após o término da minha volta ao mundo eu recebo fotos de diversos viajantes no mesmo local ou em outros trilhos dizendo que se inspiraram nessa minha foto. Isso é algo extremante gratificante e mostra como mesmo saindo diferente do planejado esta foi uma foto que deu certo. Esta talvez seja uma das fotos mais conhecidas da minha volta ao mundo de bicicleta. O mais curioso que apesar de conhecida e até imitada por outras pessoas, o sentido que ela ganhou não tem nada a ver com a intenção que eu tive ao saca-la.Naquele momento eu estava no início de minha volta ao mundo, ainda no primeiro continente, América do Sul. Havia atravessado o Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e naquele momento estava na Bolívia, cruzando o Salar de Uyuni, um imenso platô coberto de uma grossa camada de sal. Na minha opinião um dos lugares mais bonitos e impressionantes do mundo. Tão impressionante que o simples fato de estar ali, dentro daquela imensidão branca, num dia frio e ensolarado, já é o suficiente para se sentir extremamente bem.Era assim que eu me sentia quando resolvi fazer esta imagem. Aproveitei que havia uma pessoa que sabia fotografar por perto e pedi para fazer a foto, algo raro em uma viagem solitária e ainda mais raro quando se está num deserto de sal. A ideia era fazer uma foto engraçada para mandar para meus amigos, algo que fosse totalmente contraditório, como relaxar deitado sobre um local perigoso. Poderia deitar no meio da pista, mas ali havia os trilhos de trem e foi ali onde eu deitei, até simulando aquelas imagens de filmes ou desenhos antigos nos quais a pessoa é amarrada sobre os trilhos.A imagem que saiu foi essa aí e eu gostei logo de cara. O curioso aconteceu quando eu publiquei essa imagem, logo de cara as pessoas associaram ela liberdade, tranquilidade e paz, que não era bem a mensagem que eu imaginava ao fazer a foto. Sempre achei curioso como alguém deitado sobe trilhos poderia passar uma imagem de tranquilidade, o trem pode passar a qualquer momento e acabar com essa paz.De qualquer forma, essa imagem ganhou vida própria e até hoje, 10 anos após o término da minha volta ao mundo eu recebo fotos de diversos viajantes no mesmo local ou em outros trilhos dizendo que se inspiraram nessa minha foto. Isso é algo extremante gratificante e mostra como mesmo saindo diferente do planejado esta foi uma foto que deu certo.
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Um Amigo na Fronteira

Esta talvez seja uma das fotos mais conhecidas da minha volta ao mundo de bicicleta. O mais curioso que apesar de conhecida e até imitada por outras pessoas, o sentido que ela ganhou não tem nada a ver com a intenção que eu tive ao saca-la.

Naquele momento eu estava no início de minha volta ao mundo, ainda no primeiro continente, América do Sul. Havia atravessado o Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e naquele momento estava na Bolívia, cruzando o Salar de Uyuni, um imenso platô coberto de uma grossa camada de sal. Na minha opinião um dos lugares mais bonitos e impressionantes do mundo. Tão impressionante que o simples fato de estar ali, dentro daquela imensidão branca, num dia frio e ensolarado, já é o suficiente para se sentir extremamente bem.

Era assim que eu me sentia quando resolvi fazer esta imagem. Aproveitei que havia uma pessoa que sabia fotografar por perto e pedi para fazer a foto, algo raro em uma viagem solitária e ainda mais raro quando se está num deserto de sal. A ideia era fazer uma foto engraçada para mandar para meus amigos, algo que fosse totalmente contraditório, como relaxar deitado sobre um local perigoso. Poderia deitar no meio da pista, mas ali havia os trilhos de trem e foi ali onde eu deitei, até simulando aquelas imagens de filmes ou desenhos antigos nos quais a pessoa é amarrada sobre os trilhos.

A imagem que saiu foi essa aí e eu gostei logo de cara. O curioso aconteceu quando eu publiquei essa imagem, logo de cara as pessoas associaram ela liberdade, tranquilidade e paz, que não era bem a mensagem que eu imaginava ao fazer a foto. Sempre achei curioso como alguém deitado sobe trilhos poderia passar uma imagem de tranquilidade, o trem pode passar a qualquer momento e acabar com essa paz.

De qualquer forma, essa imagem ganhou vida própria e até hoje, 10 anos após o término da minha volta ao mundo eu recebo fotos de diversos viajantes no mesmo local ou em outros trilhos dizendo que se inspiraram nessa minha foto. Isso é algo extremante gratificante e mostra como mesmo saindo diferente do planejado esta foi uma foto que deu certo.

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Fotógrafo
Arthur Simões
ano da foto
2007
local
Taftan, Paquistão.
quem está na foto
Um simpático paquistanês que conheci na fronteira entre Paquistão e Irã.
SOBRE O AUTOR
Em 2006 Arthur Simões iniciou o projeto Pedal na Estrada, uma volta ao mundo de bicicleta, percorrendo sozinho 46 países em 5 continentes. Voltou ao Brasil em 2009, após 3 anos e 2 meses. Lançou o livro O Mundo ao Lado, sobre sua viagem, realizou exposições fotográficas e atualmente trabalha com fotografia e viagens.
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