Pedreira do Biguá
Opção para os mergulhadores de São Paulo em Laranjal Paulista
por
Alvanir "Jornada" Oliveira
27/7/2018

Foi no ano de 2012 que a equipe da NAUI realizou os primeiros mergulhos de exploração nesta pedreira desativada no Município de Laranjal Paulista, no interior de Estado de São Paulo. Naquela oportunidade, a profundidade máxima alcançada, foi em torno dos 23 metros, fato que, aliado à visibilidade razoável do local pareceu uma excelente opção para o time. Após alguns anos de ausência, voltou a operar por lá no ano de 2016, e, desde então, tem montado atividades de mergulho com boa regularidade.

Segundo os descobridores da vocação do lugar para o mergulho, por ter encontrado algumas aves mergulhadoras que ainda hoje vivem por lá, conhecidas como Biguás, a equipe passou a chamar o local de Pedreira do Biguá.

O registro de ocupações naquelas terras que deram origem ao município, data do final do século XVI, por posseiros que vinham em busca de ludares para serem ocupados, e foram atraídos pelo clima agradável, e pela proximidade aos rios Tietê e Sorocaba. Por ali, por muito tempo, tropeiros que cuidavam do comércio entre as vilas do interior, tinham na região um lugar de descanso para suas andanças, chamado de Pouso do Ribeirão do Laranjal, que se tornou lugar de trocas e comércio. Com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana no final do século XIX a ocupação se intensificou, e finalmente em 1971 foi elevado a categoria de município, com a designação de Laranjal Paulista.

O município, que tem sua principal atividade na fabricação de brinquedos (é a terceira maior do mundo em concentração de fabricantes), tem atualmente uma população de cerca de 28000 habitantes.

A Pedreira do Biguá, está localizada há aproximadamente 1,5 quilômetro do Centro da Cidade, e a exploração do basalto que deu origem a pedreira começou ainda na década de 30. Com o crescimento urbano, as constantes detonações passaram a ser uma ameaça às casas e moradores, e o poder público obrigou o encerramento das atividades de exploração no ano de 2007. Com o desligamento do sistema de bombeamento pelo abandono obrigatório da pedreira, o nível da água começou a subir, e atualmente é possível encontrar pontos com até 31 metros de profundidade.

A Pedreira do Biguá está fechado ao público, mas é possível agendar atividades de Rapel com a Eko Natural de Cerquilho, e de mergulho com a Jornada Sub de Jundiaí.

Hoje, além das atividades de mergulho recreativo e de mergulho técnico realizadas por algumas escolas de mergulho NAUI, como a Jornada Sub Mergulho e a Dive Club de Sorocaba (devidamente autorizadas pelo proprietário) também são feitas atividades de rapel e canoagem, pela equipe da Ekonatural, da cidade de Cerquilho.

Uma opção interessante para mergulhos, com uma visibilidade que pode chegar aos 10 metros no inverno, devido à ausência de chuvas. A temperatura varia entra 22 e 25º C, considerada bastante agradável pelos mergulhadores, e é possível de observar, além das belezas cênicas, cardumes de tilápia, estruturas da antiga pedreira (casamatas), e até alguns carros afundados.

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Alvanir "Jornada" Oliveira
Cenote dos Pisos
Depois de uma semana finalizando o curso de mergulho em cavernas em diferentes Cenotes, para um grupo de 5 mergulhadores brasileiros, cujo treinamento começamos em Jundiaí com as aulas teóricas, águas confinadas, e alguns mergulhos na Pedreira do Biguá, finalmente foi possível de fazer uma imersão sensacional em um cenote que é considerado um dos mais bonitos de toda a Riviera Maya: o Cenote Dos Pisos. Aceitei o convite de meu amigo e também instrutor NAUITEC, Reinaldo Alberti de Curitiba para acompanhar um grupo de alunos dele, que estava finalizando o curso de SIDE MOUNT em cavernas. Reinaldo já havia mergulhado por ali anteriormente, e isso facilitou muito a nossa orientação dentro da caverna, apesar da sinalização pelos cabos permanentes ser bastante boa. É uma caverna típica para “Side Mount”, desde a primeira passagem logo no início do mergulho e também por outras encontradas durante o mergulho. A exemplo da grande maioria dos Cenotes, o “Dos Pisos” está localizado em uma área particular onde há a cobrança de taxas de entradas, apesar de não haver quase nenhuma infra estrutura. Fica ao Sul de Tulum em uma área conhecida como Rancho Campesino, distante cerca de 5 kilometros. Saindo da Rodovia, entramos em uma estrada de chão e logo encontramos uma pequena estrutura para a preparação do mergulho, com duas mesas de madeira com dimensão suficiente para a montagem e configuração dos equipamentos de até 4 mergulhadores. Depois de montar os equipamentos, é necessário percorrer uma pequena trilha de pouca inclinação até chegar a entrada do Cenote, e não é preciso a contratação de “sherpas” para ajudar no transporte. Uma pequena e rasa lâmina de água corrente, de fluxo muito fraco, vem de dentro da caverna. O cabo guia permanente começa fora da água, de tão raso que é a entrada. Depois de se arrastar por quase 60 metros, já encontramos a primeira passagem, onde foi necessário “negociar” por uns 10 metros por uma restrição, já que que eu usava a configuração “Back Mount”, diferentemente do pessoal de “Side Mount” que passou bem mais fácil. O Cenote Dos Pisos, é uma caverna muito rasa e com teto bem baixo, e a profundidade média em torno dos 7 metros, ou seja, chances com problemas de descompressão quase zero. Já os espeleotemas encontrados são maravilhosos e dos mais variados e de cor clara, devido à presença da água salobra. Geralmente, quanto mais próxima do Oceano for a caverna, mais clara são suas paredes e decorações. Um “silt” bem fino, também é encontrado em muito trechos da cavernas, o que exige um bom controle de flutuabilidade (como em todos os mergulhos em caverna). De uma maneira geral, os mergulhos no Cenotes da Península de Yucatan são rasos, com águas de boa visibilidade e temperatura agradável, mas nem por isso deixam de ser extremamente perigosos, não apenas pelo ambiente de teto físico, como também pela facilidade em desorientação, e consequentemente não localização do ponto de saída. Mergulho em cavernas exige experiência, equipamentos adequados, e, principalmente, treinamento condizente e de qualidade, portanto, antes de se aventurar, tenha certeza de que esta preparado. Um guia local também é indispensável. Para mais informações acesse www.naui.com.br ou www.nauitec.com.br
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Ao capturar a beleza da flora, fauna e paisagens naturais, os fotógrafos de natureza têm a oportunidade de contar histórias visuais e despertar emoções. Neste artigo, exploraremos os elementos essenciais e as técnicas básicas para entrar no mundo da fotografia de natureza e criar imagens impressionantes. 1. Conexão com a natureza: A primeira etapa para se envolver na fotografia de natureza é desenvolver uma conexão com o ambiente natural. Passe tempo explorando parques, florestas, praias ou qualquer área que desperte seu interesse. Observe atentamente os detalhes, estude os padrões e as cores, familiarize-se com a fauna e a flora local. Quanto mais você entender e apreciar a natureza, mais significado suas fotografias terão. 2. Equipamentos adequados: Ter um equipamento adequado é essencial para a fotografia de natureza. Uma câmera DSLR ou uma câmera mirrorless com recursos manuais e ajustes personalizados será uma escolha sólida. Além disso, é importante investir em lentes de qualidade que permitam capturar detalhes e alcançar zoom quando necessário. Uma lente grande angular é ideal para paisagens, enquanto uma teleobjetiva é útil para capturar a fauna à distância. 3. Composição e enquadramento: A composição é um aspecto fundamental na fotografia de natureza. Ao planejar uma foto, procure elementos interessantes que possam servir como ponto focal, como uma árvore solitária, uma cascata ou um animal em ação. Use técnicas como a regra dos terços, linhas de fuga e camadas para criar composições equilibradas e visualmente atraentes. 4. Luz e clima: A luz desempenha um papel crucial na fotografia de natureza. A hora dourada, o momento pouco antes do amanhecer ou depois do pôr do sol, oferece uma luz suave e quente, que realça as cores e adiciona uma atmosfera especial às imagens. No entanto, não subestime a luz durante outros momentos do dia. A luz difusa em dias nublados ou os contrastes dramáticos em condições de luz direta também podem criar fotos interessantes. 5. Paciência e observação: A fotografia de natureza requer paciência e capacidade de observação. Tire o tempo necessário para esperar o momento perfeito, seja para capturar o voo de uma ave ou para registrar a luz do sol filtrada pelas árvores. Esteja atento aos detalhes, às interações entre os animais e ao comportamento da natureza. Muitas vezes, as melhores imagens vêm para aqueles que estão dispostos a esperar e observar. 6. Estudo da vida selvagem: Se a fotografia de animais é o seu foco, é importante estudar o comportamento e os hábitos dos animais que você deseja fotografar. Isso permitirá que você se posicione adequadamente, antecipe os movimentos e crie imagens mais envolventes. Conhecer as rotas de migração, os locais de alimentação e os horários de atividade dos animais é crucial para maximizar suas chances de sucesso. 7. Detalhes e texturas: Além de fotografar paisagens e animais em sua totalidade, não deixe de prestar atenção aos detalhes e às texturas encontrados na natureza. Flores em close-up, padrões de casca de árvores ou gotas de orvalho em folhas podem revelar uma beleza surpreendente. Use uma lente macro para capturar esses pequenos detalhes e explorar um mundo microscópico fascinante. 8. Fotografia em movimento: A natureza está constantemente em movimento, e capturar essa dinâmica pode levar suas fotografias a outro nível. Fotografar pássaros em voo, peixes saltando ou cachoeiras em movimento requer técnicas específicas, como o uso de velocidades de obturador rápidas para congelar a ação ou velocidades mais lentas para criar efeitos de borrão intencional. 9. Edição e pós-processamento: O pós-processamento é uma parte importante da fotografia de natureza. Utilize programas de edição de imagens, como o Adobe Lightroom, para aprimorar o contraste, a saturação e o equilíbrio de cores das suas fotos. No entanto, lembre-se de manter a edição sutil e fiel à cena original, evitando exageros que possam distorcer a essência da imagem. 10. Ética e conservação: Por fim, é essencial praticar a ética e a conservação na fotografia de natureza. Respeite o ambiente natural, mantenha-se em trilhas designadas, não perturbe a vida selvagem e nunca coloque a sua segurança ou a dos animais em risco apenas para obter uma foto. Lembre-se de que a preservação do meio ambiente é tão importante quanto as fotografias que capturamos. A fotografia de natureza oferece infinitas possibilidades criativas e uma oportunidade única de conectar-se com a beleza da natureza. Ao explorar os elementos essenciais e dominar as técnicas básicas, você poderá capturar imagens cativantes e compartilhar sua perspectiva do mundo natural com os outros. Portanto, saia, explore e comece a fotografar a natureza que o cerca.
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