Voo para Lukla e Primeiro Dia de Trekking
Relatos de um Montanhista no Nepal
por
Pedro Hauck
17/4/2017

Acordamos cedo e, como era de se esperar, houve bastante muvuca para organizar a bagagem de todos os 45 membros do trekking. Nos dividimos em várias vans e, driblando o trânsito da rua, chegamos ao aeroporto.

O terminal de voos domésticos estava lotado, tipo filme indiano. Ficamos um tempão esperando o desembaraço para voar. Enfim, quando entramos no terminal de embarque, ficamos sabendo que nosso voo havia sido remarcado para onze horas. Mas qual?

Como o grupo era grande, tivemos que fretar três aviões. Isso porque o aeroporto de Lukla é minúsculo e só pousa teco teco.

Meu avião foi o último a decolar, depois das 13 horas. Um ônibus nos levou até a pista onde embarcamos num bi motor. Ele tinha de um lado apenas uma fileira de cadeiras e no outro duas.

Após mais uma enrolação, enfim decolamos e o caos urbano de Kathmandu foi ficando pra trás. Fomos entrando numa periferia com ruinhas de terra onde casas se alternam com plantações de arroz e enfim passamos a sobrevoar colinas, estas ainda bastante habitadas.

Num determinado momento o avião fez um rasante para atravessar um passo e pouco tempo depois a aeromoça nos informa que iríamos pousar.

O avião vai descendo um vale e enfim toca a pista, chega na cabeceira e começa a retornar. Não parece Lukla. Em inglês ouço "this is not Lukla". E não demora para repercutir em nossa língua.

O avião estaciona e o piloto nos informa: "Em Lukla está ventando muito. Vamos esperar o tempo melhorar para decolar de novo. Talvez às 15h a gente consiga voar....".

Ligo o celular e vejo que pega 3G. Pelo Google vejo que estamos em Ramjatar. O aeroporto é menor que uma rodoviária, não tem nada pra fazer a não ser esperar. Tomados pela preguiça deitamos embaixo da asa do avião e ficamos batendo papo e descansando.

Lá pelas 16h o piloto voltou e, enfim, conseguimos voar e pouco depois de 20 minutos fizemos um pouso tranquilo no famoso aeroporto de Lukla.

Apressados, comemos alguma coisa e logo começamos a andar; o resto do grupo já havia saído. Tínhamos uma reserva num lodge em Phakding 2:30 horas depois.

Saímos quase tropeçando do aeroporto e cruzamos a cidadezinha de Lukla, que tem um centrinho muito charmoso com lojas, restaurantes e cafés. A atmosfera é excelente, uma energia muito positiva. Estava no começo do trekking do mais famoso do montanhismo que já lia a respeito desde que era adolescente.

Saio na trilha junto com Pemba e  Karina e aproveito para perguntar tudo para o nosso Sherpa. O nome das árvores, dos animais e das montanhas que dava pra ver.

A caminhada flui tranquila. Todos andando com bom ritmo, perdendo tempo para fotografar e filmar a pitoresca paisagem até que noite nos pegasse.

Um sherpa começou a se destacar pela felicidade e bom humor. Pasang, na verdade, era filho de um sherpa com uma tamang. Ele falava, além das duas línguas, o nepali (que descende do hindu) e inglês muito bem. No caminho fomos ensinando português pra ele:

— Vai Corinthians!

— Mexe a bunda!

— Vamos, vamos Brasil!

Foi isso o que ele aprendeu na primeira noite.

Chegamos em Phakding a tempo de jantar com o resto do grupo.

Conversamos bastante e logo fomos para nosso primeiro pernoite na trilha.

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Pedro Hauck
A Capital dos Sherpas
‍A etnia Sherpa é uma das dezenas de etnias do Nepal. Eles vivem nas regiões mais altas das montanhas, em vales longos onde não há estradas, apenas trilhas. Por estarem acostumados a andar tanto e por nascerem em lugares altos, tornaram-se montanhistas perfeitos. Sem eles, escalar ou fazer um simples trekking no Himalaia seria muito mais difícil. Eles descendem dos tibetanos e vivem no Himalaia há 500 anos. Tempo suficiente para terem desenvolvido genes que lhes permitem uma adaptação mais fácil às grandes altitudes. Namche Bazaar é considerada a capital deles e, como tudo na vida de um sherpa, para chegar lá é preciso andar muito. Começamos a caminhada pela manhã e logo vamos conhecendo melhor a estrutura daquela trilha que é como uma estrada. Há muitas casas, lojas, casas de chá e hotel. Uma estrutura urbana.‍‍Infelizmente havia uma névoa no ar e estava difícil avistar as montanhas. Vou percebendo as pessoas que frequentam a trilha. Gente do mundo todo e em grande quantidade. Há muitos orientais. Japoneses e chineses em grandes grupos. Os indianos são sempre os mais lentos e pior equipados. Europeus são os mais rápidos. Há famílias também. Vejo um casal russo com duas meninas entre 10 e 12 anos com olhos claros como a cor do Dudh Khosi (o rio principal que nasce no Everest). Dois sherpinhas esticam o pescoço para as ver passar. As vilas são bem bonitas, esteticamente dizendo. As construções são rústicas, mas bem acabadas. Há muitos tea houses com placas de café espresso italiano. Estas construções e a paisagem me fazem pensar estar na Suíça. Porém, os sinos não são tocados por vacas gordas, mas sim por bois peludos e chifrudos que carregam a carga dos turistas, o dzopkio, uma mistura do yak com a vaca tibetana. Porém, a carga pesada é carregada mesmo pelos portadores. Provenientes de vilas mais abaixo nos vales, eles são de outras etnias, como Rai e Tamang. Alguns impressionam pela quantidade de carga que conseguem transportar. Muitos carregadores amarram os duffel bags dos turistas, fazem uma alça com a corda e saem andando pela trilha. Outros levam um cesto nas costas, empilhando acima dele várias mochilas das expedições.‍‍Não deixa de ser um contraste estes homens e mulheres se sujeitando a tão penoso trabalho, transitando por uma trilha com infraestrutura da Suíça. O começo da caminhada se dá percorrendo um vale com muitas travessias por ponte suspensa. O tamanho dos cabos de aço impressionam. Fico imaginando como o material usado na construção destas pontes chegou lá... Em certo ponto a trilha começa a subir e chegamos na mãe de todas as pontes, atravessando uma garganta de mais de 100 metros de altura. Algumas pessoas ficam até com vertigem.Após este cruzamento de rio, a trilha segue abrupta, ganhando altura rapidamente. Como subir é minha especialidade, nem me importo com o esforço e quando vejo já estou entrando em Namche Bazaar para chegar em nosso confortável hotel.Ainda é cedo e aproveito para conhecer melhor a interessante cidade com alguns clientes.‍‍ Descemos uma viela e chegamos numa rua plana, há uma bela loja de equipamentos de escalada, caixas eletrônicos, pousadas, restaurantes, lojas e cafés. Paro em um para tomar um espresso com torta por cerca de 8 dólares. Depois disso vamos andando pelas várias vielas de onde avistamos uma pedra bonita onde pensamos ter vias de escalada. Para chegar lá, vamos passando pela periferia da vila, saímos da "Suíça" para entrar na "Bolívia" em poucas quadras. Entramos num quintal e damos de cara com um homem amassando latinhas de bebidas. Ele nos permite passar. Olho dentro de sua casa e vejo o chão batido e a iluminação deficiente. Chegamos na tal pedra mas nada de escalada, mas um belo mirante para o vilarejo. Sherpa escala muito bem, mas faz isso para obter renda. Quem gosta mesmo de escalada por recreação somos nós, gringos. Voltamos a tempo para nosso confortável hotel para o delicioso jantar. As sapatilhas de escalada não saíram da mochila‍.
Abençoado
‍‍Desta vez acordei bem disposto às 6 da manhã, a tempo de tomar uma ducha quente que só fica disponível deste horário às 9h e das 18h às 21h. Fui correndo aproveitar o café da manhã arregado do hotel.Na volta encontro Marcelo Rabelo e Karina Oliani no corredor, que me contam que iriam participar de um puja. Ouço bastante interessado e me convido a participar, se tivesse lugar. Minutos mais tarde ela me confirma que sim e pouco depois nos encontramos com o Pemba Sherpa, que nos levaria na casa do monge fazer o ritual.Pemba foi o sherpa que escalou o Everest com a Karina em 2013 e é na vila dele, Pattle, onde estamos construindo a escola com o dinheiro desta expedição.A casa do lama era um pouco distante, fomos apertados no táxi. Neste pouco tempo em Kathmandu já era impossível não comparar a cidade com outra conhecida. A mais plausível era La Paz na Bolívia. Porém apesar de igualmente caótica e de ter uma "arquitetura favelática", La Paz é cheia de morros e ladeiras, Kathmandu é plano. Aliás Kathmandu está bem mais para El Alto, cidade vizinha da capital boliviana, famosa por abrigar o aeroporto. Elas se assemelham, tanto na arquitetura como pelo relevo, poeira e pobreza. Com a diferença que a cidade asiática tem templos bonitos e a sul americana não.Chegamos na casa do Lama, deixamos nossos sapatos para fora e fomos no quarto onde o sacerdote rezava. Sentamos de joelho e ele começou o ritual rezando e cantando.Ficamos em frente ao Lama para que ele colocasse uma khata no pescoço junto também com um amuleto. Ele pegou a palma de minha mão e colocou um chá aromático que tomei e espalhei o resto no que sobrou do meu cabelo.Ele repetiu a cerimônia com todos, inclusive com o filho do Pemba, de um ano, que não deu muita bola para o sacerdote.Saímos do puja com a permissão dos deuses para escalar as montanhas e fomos aproveitar para conhecer a Stupa de Boudhanath que é o maior monumento religioso budista do Nepal e que fica lá perto.Caminhamos junto com a família de Pemba e chegamos na stupa com suas bandeirinhas e rodas de oração, além dos famosos olhos de Bhuda. Foi novamente um caldeirão cultural, com monges e turistas do mundo todo contrastando com aquela paisagem urbana tão pitoresca.O que estou achando mais legal dessa viagem é a diversidade cultural do Nepal. Não me ligo em religião, mas é muito marcante como as religiões influenciam nos valores das pessoas do Nepal que são fiéis a estes valores. Claro que os tempos estão mudando e já estão aparecendo ladrõezinhos e gente maliciosa pela cidade, porém o que noto é que as pessoas ainda não tem ambições materiais e se dedicam muito mais à sua espiritualidade. Menos os políticos, valorizam outras coisas.‍
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