Valter Patrial

Valter Patrial, é fotógrafo especialista em longas exposições e natureza. Promove expedições fotográficas e documenta cientificamente a onça pintada no Pantanal Sul para o Instituto Passo da Panthera.

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Onça Pintada
"Panthera onca, nome científico da Onça Pintada, é o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano, já esteve na lista dos animais ameaçados de extinção, hoje está na lista dos animais considerados vulneráveis.No Pantanal as pesquisas estimam que existam cerca de 20 mil indivíduos, local de maior densidade desse animal no mundo, e foi para lá que eu fui! Um voo para se chegar a Cuiabá, capital do Mato Grasso, um 4x4 para se chegar até às margens do Rio São Lourenço, onde continuamos o trajeto de lancha até o Rio Piqueri, onde encontramos com o Barco Hotel. A ansiedade era grande, durante o trajeto os olhos queriam ver as duas margens, esperando avistar o felino.Na manhã seguinte, levantamos cedo, com o raiar do dia, pois não é permitido navegar durante a noite, sabemos bem o motivo. Logo que saímos, outras lanchas que já haviam saído começaram a mandar avisos pelo rádio que avistaram um casal na margem direita do Piquiri, mas que estavam em local de difícil visualização. Consegui ver e fotografar, mas foi só para me deixar com mais adrenalina, queria ver de frente, cara a cara.Vimos aves, répteis, outros mamíferos e nada de onças. Já estava achando que as pesquisas erraram quanto à densidade populacional da espécie na região. Era final do dia quando o quadro mudou: um casal de onças com a luz que um fotógrafo pede a Deus. Ficamos por quase uma hora a fotografar aquele casal. Seus rugidos e esturros ecoavam no silêncio do Pantanal, silêncio este que se rompia com os barulhos de dezenas de obturadores frenéticos a cada movimento dos animais. Sem dúvida foi incrível. Nos dias que se seguiram, consegui fotografar e contemplar treze animais distintos. Toda caçada fotográfica é única, e aparenta ser a primeira sempre, as mãos gelam, a boca seca a adrenalina vai a milhão e lá vem o maior felino das Américas para mais uma caçada!"
Uma manhã especial
"Em Expedição fotográfica, final de outono na Patagônia Argentina, iniciamos a aventura com um trekking de El Chalten até o Lago Torre, uns 12km, onde passamos a noite, foi dia de céu encoberto, nada de conseguir ver as torres. Pela manhã mais um trekking de 10km até o acampamento Poincenote, que fica na base do Fitz Roy, mais um dia de caminhada e nada de avistar o cume.Apesar de ainda ser outono, as temperaturas pareciam ser mais baixas que o normal, a sensação térmica era amenizada pelo trekking; carregar equipamentos montanha acima pode se dizer que aquece. Naquela tarde, o tempo fechou ainda mais, as temperaturas caíram, o que parecia que impossível aconteceu, a paisagem que estava toda laranja começou a ficar branca. De floco em floco, o cenário foi se modificando, fomos dormir achando que a manhã seguinte seria de mais um dia sem avistar a tão cobiçada torre do Fitz Roy e que tudo estaria branco de neve.Durante a noite o céu limpou, não nevou o suficiente para permanecer tudo branco. Acordamos por volta das 4h, manhã gelada, fria, mas sem neve, céu limpo e lá estava o cume do Fitz Roy, agora era esperar o momento no lugar certo, caminhamos alguns metros e já encontramos uma clareira às margens de um riacho, de onde se avistava as imponentes torres de granito do Cerro Chaltén. Aos poucos, os raios de luz laranja da manhã tingiam as rochas com as corres quentes.A sensação é indescritível, um misto de conquista, superação, dever cumprido. Talvez a imagem consiga terminar de descrever o que eu senti naquele amanhecer."
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