Em Expedição fotográfica, final de outono na Patagônia Argentina, iniciamos a aventura com um trekking de El Chalten até o Lago Torre, uns 12km, onde passamos a noite, foi dia de céu encoberto, nada de conseguir ver as torres. Pela manhã mais um trekking de 10km até o acampamento Poincenote, que fica na base do Fitz Roy, mais um dia de caminhada e nada de avistar o cume. Apesar de ainda ser outono, as temperaturas pareciam ser mais baixas que o normal, a sensação térmica era amenizada pelo trekking; carregar equipamentos montanha acima pode se dizer que aquece. Naquela tarde, o tempo fechou ainda mais, as temperaturas caíram, o que parecia que impossível aconteceu, a paisagem que estava toda laranja começou a ficar branca. De floco em floco, o cenário foi se modificando, fomos dormir achando que a manhã seguinte seria de mais um dia sem avistar a tão cobiçada torre do Fitz Roy e que tudo estaria branco de neve. Durante a noite o céu limpou, não nevou o suficiente para permanecer tudo branco. Acordamos por volta das 4h, manhã gelada, fria, mas sem neve, céu limpo e lá estava o cume do Fitz Roy, agora era esperar o momento no lugar certo, caminhamos alguns metros e já encontramos uma clareira às margens de um riacho, de onde se avistava as imponentes torres de granito do Cerro Chaltén. Aos poucos, os raios de luz laranja da manhã tingiam as rochas com as corres quentes.A sensação é indescritível, um misto de conquista, superação, dever cumprido. Talvez a imagem consiga terminar de descrever o que eu senti naquele amanhecer.Em Expedição fotográfica, final de outono na Patagônia Argentina, iniciamos a aventura com um trekking de El Chalten até o Lago Torre, uns 12km, onde passamos a noite, foi dia de céu encoberto, nada de conseguir ver as torres. Pela manhã mais um trekking de 10km até o acampamento Poincenote, que fica na base do Fitz Roy, mais um dia de caminhada e nada de avistar o cume. Apesar de ainda ser outono, as temperaturas pareciam ser mais baixas que o normal, a sensação térmica era amenizada pelo trekking; carregar equipamentos montanha acima pode se dizer que aquece. Naquela tarde, o tempo fechou ainda mais, as temperaturas caíram, o que parecia que impossível aconteceu, a paisagem que estava toda laranja começou a ficar branca. De floco em floco, o cenário foi se modificando, fomos dormir achando que a manhã seguinte seria de mais um dia sem avistar a tão cobiçada torre do Fitz Roy e que tudo estaria branco de neve. Durante a noite o céu limpou, não nevou o suficiente para permanecer tudo branco. Acordamos por volta das 4h, manhã gelada, fria, mas sem neve, céu limpo e lá estava o cume do Fitz Roy, agora era esperar o momento no lugar certo, caminhamos alguns metros e já encontramos uma clareira às margens de um riacho, de onde se avistava as imponentes torres de granito do Cerro Chaltén. Aos poucos, os raios de luz laranja da manhã tingiam as rochas com as corres quentes.A sensação é indescritível, um misto de conquista, superação, dever cumprido. Talvez a imagem consiga terminar de descrever o que eu senti naquele amanhecer.
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Uma Manhã Especial

"Em Expedição fotográfica, final de outono na Patagônia Argentina, iniciamos a aventura com um trekking de El Chalten até o Lago Torre, uns 12km, onde passamos a noite, foi dia de céu encoberto, nada de conseguir ver as torres. Pela manhã mais um trekking de 10km até o acampamento Poincenote, que fica na base do Fitz Roy, mais um dia de caminhada e nada de avistar o cume.

Apesar de ainda ser outono, as temperaturas pareciam ser mais baixas que o normal, a sensação térmica era amenizada pelo trekking; carregar equipamentos montanha acima pode se dizer que aquece. Naquela tarde, o tempo fechou ainda mais, as temperaturas caíram, o que parecia que impossível aconteceu, a paisagem que estava toda laranja começou a ficar branca. De floco em floco, o cenário foi se modificando, fomos dormir achando que a manhã seguinte seria de mais um dia sem avistar a tão cobiçada torre do Fitz Roy e que tudo estaria branco de neve.

Durante a noite o céu limpou, não nevou o suficiente para permanecer tudo branco. Acordamos por volta das 4h, manhã gelada, fria, mas sem neve, céu limpo e lá estava o cume do Fitz Roy, agora era esperar o momento no lugar certo, caminhamos alguns metros e já encontramos uma clareira às margens de um riacho, de onde se avistava as imponentes torres de granito do Cerro Chaltén. Aos poucos, os raios de luz laranja da manhã tingiam as rochas com as corres quentes.

A sensação é indescritível, um misto de conquista, superação, dever cumprido. Talvez a imagem consiga terminar de descrever o que eu senti naquele amanhecer."

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Fotógrafo
Valter Patrial
ano da foto
2018
local
Parque Nacional Los Glaciares, El Chalten, Província de Santa Cruz, Argentina.
quem está na foto
SOBRE O AUTOR
Valter Patrial, é fotógrafo especialista em longas exposições e natureza. Promove expedições fotográficas e documenta cientificamente a onça pintada no Pantanal Sul para o Instituto Passo da Panthera.
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